Danone aposta em bioplásticos: Sustentabilidade em embalagens de iogurte

  • A Danone utiliza bioplásticos em suas embalagens derivados da cana-de-açúcar.
  • A economia circular é um eixo fundamental para a sustentabilidade da empresa.
  • Até 2025, 100% das suas embalagens serão reutilizáveis ​​ou recicláveis.
  • A redução do impacto ambiental é uma prioridade para a Danone.

A empresa de laticínios Danone iniciou uma importante transição para o uso de bioplásticos em suas embalagens, principalmente em iogurtes, num esforço para reduzir seu impacto ambiental. Estas embalagens ecológicas já estão a ser utilizadas em vários mercados europeus e latino-americanos como parte da sua estratégia para se tornarem uma empresa mais sustentável.

O material usado nesses recipientes é chamado Eu sou verde, um plástico ecológico feito de cana-de-açúcar, desenvolvido pela empresa brasileira Braskem. Esse material, além de ser de origem vegetal, é 100% reciclável, tornando-o uma opção muito mais sustentável do que os plásticos tradicionais derivados do petróleo.

Primeiro na França, agora em toda a Europa e América Latina

Embalagem de iogurte sustentável bioplástico Danone

Os primeiros produtos a adotar essas embalagens foram os iogurtes líquidos da marca e as sobremesas infantis. No início deste ano, a Danone começou a implementar estes contentores em França e, após excelente aceitação pelos consumidores, expandiu a sua utilização para outros países como Bélgica e Brasil. Além disso, na Alemanha, a Danone utiliza outro tipo de plástico ecológico nos seus produtos, refletindo o seu compromisso com a sustentabilidade em diferentes mercados.

A embalagem de bioplástico verde, que não altera o sabor nem a qualidade do produto, inclui um selo que diz “Sou Verde” para que o consumidor possa identificar facilmente que está adquirindo um produto que se preocupa com o meio ambiente.

O compromisso com a economia circular

Embalagem de iogurte sustentável bioplástico Danone

A implementação destas embalagens faz parte de uma estratégia mais ampla da Danone para reduzir o seu pegada de carbono em 30% nos próximos anos. Este objectivo enquadra-se na sua transição para uma economia circular, ou seja, manter os produtos e materiais em uso pelo maior tempo possível e, quando terminar sua vida útil, reincorporá-los à cadeia produtiva ou gerenciá-los para que não gerem resíduos.

A economia circular da Danone baseia-se em quatro pilares fundamentais:

  • Reutilizar: Substituir as embalagens de poliestireno (PS) por materiais que permitam a reciclagem em grande escala.
  • Redesenhar: Seguindo padrões de design para reciclabilidade, garantindo que as embalagens sejam facilmente recicláveis.
  • Redução: Buscando eliminar componentes desnecessários como colheres de plástico, substituindo-os por alternativas como a madeira.
  • Reciclagem: Colaborar com a indústria e entidades como a Ecoembes para melhorar a reciclabilidade dos produtos e alcançar a “segunda vida” destas embalagens.

Danone e seu compromisso com os bioplásticos

A Danone tomou decisões ousadas em relação às embalagens dos seus produtos para se alinhar ao seu compromisso com a sustentabilidade. Na Alemanha, por exemplo, a empresa liderou o mercado ao utilizar óculos feitos de ácido polilático (PLA), um bioplástico derivado de recursos renováveis ​​e com menor impacto ambiental.

Segundo especialistas da Danone, a adoção de bioplásticos é crucial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), uma vez que as embalagens contribuem entre 15% e 20% das emissões totais da indústria alimentar. Portanto, substituir os plásticos convencionais por alternativas como o PLA é uma decisão estratégica fundamental para a empresa.

Além disso, estudos indicam que os consumidores não apenas aceitam, mas valorizam positivamente os esforços da Danone em optar por embalagens mais sustentáveis. Isto tem sido fundamental para continuar a alargar a utilização de bioplásticos a outros produtos e países.

O futuro das embalagens sustentáveis ​​na Danone

Embalagem de iogurte sustentável bioplástico Danone

Até 2025, a Danone comprometeu-se a que 100% das suas embalagens sejam reciclável, reutilizável ou compostável. Este ambicioso objetivo está alinhado com a sua visão de ser líder em sustentabilidade no setor alimentar e contribuir para a luta contra os resíduos plásticos.

Uma das conquistas recentes foi a transformação das embalagens dos danacol. Este produto icônico passou por uma reformulação completa em sua embalagem para aproveitar plásticos recicláveis, eliminando rótulos plásticos PET e utilizando relevo diretamente na garrafa. Isto permitiu à empresa poupar mais de 130.000 quilogramas de plástico por ano, demonstrando o seu firme compromisso com a redução de resíduos.

A Danone também recebeu prêmios por essas inovações. Por exemplo, o prestigioso reconhecimento da Ainia pelas “Soluções de Embalagens Rígidas” destaca os seus esforços para melhorar a sustentabilidade no setor de embalagens de alimentos. Em colaboração com os fornecedores, a Danone está trabalhando arduamente para garantir que todos os seus produtos tenham embalagens que não só sejam recicláveis, mas também minimizem o uso de plásticos virgens.

O impacto dos bioplásticos no mercado global

O mercado de bioplásticos evoluiu significativamente nos últimos anos. Além da Danone, outras grandes empresas como Coca-Cola e Pepsi optaram por substituir os plásticos convencionais por alternativas mais sustentáveis. Isto gerou um importante impulso para o desenvolvimento de novas tecnologias e otimização de custos na produção de embalagens com materiais renováveis.

À medida que estas empresas continuam a liderar o caminho para um futuro menos dependente de recursos fósseis, espera-se que a procura de bioplásticos continue a crescer exponencialmente. No entanto, para que estes materiais prosperem verdadeiramente, a infraestrutura de reciclagem e compostagem precisa de continuar a melhorar.

Finalmente, o futuro bioplásticos É promissor. A tendência para a sustentabilidade veio para ficar e empresas como a Danone mostram que é possível aliar o compromisso com o meio ambiente sem comprometer a qualidade ou a rentabilidade dos produtos. O desafio mais importante nos próximos anos será implementar soluções que permitam aos bioplásticos competir economicamente com os plásticos convencionais e serem totalmente integrados na economia circular.


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